Bíblia Verso a Verso por Capítulo
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1) Porque Deus faz algumas pessoas nascerem com deficiência? (Êxodo 4:11)
Essa frase tem por objetivo destacar que Deus tem o poder para determinar que alguém seja mudo ou para fazer alguém falar e não dizer que Deus faz alguém nascer surdo, mudo ou cego de propósito.
Note como algumas versões traduzem esse verso:
E disse-lhe o Senhor: Quem fez a boca do homem? ou quem fez o mudo, ou o surdo, ou o que vê, ou o cego? Não sou eu, o Senhor?
Êxodo 4:11
O Senhor perguntou a Moisés: “Quem forma a boca do ser humano? Quem torna o homem mudo ou surdo? Quem o torna cego ou o faz ver? Por acaso não sou eu, o Senhor?
Êxodo 4:11
11 Javé replicou: «Quem dá a boca para o homem? Quem o torna mudo ou surdo, capaz de ver ou cego? Não sou eu, Javé?
Note, portanto, que embora algumas traduções podem dar a entender que Deus cause o nascimento de um surdo, de um cego ou de um mudo, comparando várias traduções percebemos que a frase apenas destaca que Deus tem o poder de tornar alguém surdo ou mudo, ou cego. e o poder de curar tais deficiências.
A ideia é, portanto, mostrar que Deus tem poder para evitar que uma pessoa seja surda, muda ou cega. Se Ele não usa esse poder para curar a surdez, a mudez ou a cegueira dela pode-se dizer que Ele a faz (a torna) surda, muda ou cega.
Por Deus não usar seu poder para evitar esse tipo de deficiência e nem curá-la, permitindo que tais deficiências ocorram, Ele está dando ao homem a oportunidade de mostrar que pode escolher por si mesmo o bem e o mal, sem a ajuda de Deus e, ainda assim, ser bem sucedido em governar sua vida e o planeta, resolvendo todos os problemas que surgem, inclusive estas deficiências, sem a ajuda de Deus. Se Deus interferisse e impedisse que tais coisas ocorresse, como o homem poderia mostrar se consegue acabar com estas deficiências ou não?
Por permitir que existam surdos, cegos e mudos Deus está dando ao homem a oportunidade de mostrar a todos que consegue resolver sozinho seus problemas, como Adão afirmou que poderia fazer ao escolher comer o fruto da árvore do conhecimento do bem e do mal, no Éden.
2) Porque Deus tentou matar Moisés? (Êxodo 4;24-26)
Aqui, ao se mencionar Deus, evidentemente se refere ao anjo que apareceu a Moisés no espinheiro no deserto do Sinai. Sempre que um anjo é enviado por Deus para cumprir determinada tarefa esse anjo é mencionado como sendo o próprio Deus por falar em nome dele. (Compare com Êxodo 3:1-5)
Deus havia feito um pacto com Abraão para que todo homem da casa de Abraão fosse circuncidado. Moisés foi educado pela filha de Faraó e, portanto, não prestou atenção a este detalhe do pacto de Deus com Abraão.
Quando foi designado para tirar os israelitas do Egito esse assunto do não cumprimento do pacto veio à tona. O relato em Êxodo 4:24-26 não especifica como ocorreu, mas talvez Moisés não tivesse seguido uma orientação anterior do anjo para circuncidar seu filho, provavelmente Eliezer, recém-nascido. Talvez achasse que como ele tinha sido criado no Egito isso não era necessário. Zípora deve ter ficado sabendo do assunto e, quando o anjo tentou matar Moisés, ela efetuou a circuncisão de seu filho mais novo para cumprir os termos do pacto.
A expressão "noivo de sangue", usada por ela, se refere especificamente à circuncisão e pode querer dizer que Moisés era do mesmo sangue que Zípora, ou seja, descendente de Abraão como ela, que descendia de Midiã, filho de Abraão e que, por isso, os filhos deles deveriam ser circuncidados. (Êxodo 4:26)
Nada no relato indica que tenha existido qualquer motivo ou ataque sexual na atitude do anjo que tentou matar Moisés. Antes, o que estava envolvido era, simplesmente, o pacto da circuncisão entre Deus e Abraão.
Bíblia Verso a Verso por Livro
Esta seção agrupa o verso a verso de capítulos que tem poucas informações, não estando disponíveis individualmente.
1) Deus aprovava que um israelita surrasse um escravo até a morte, desde que ele não morresse imediatamente? (Êxodo 21:20,21)
Não. Deus não aprovava. Note que a pena para quem tirasse uma vida humana era a morte. (Êxodo 21:12). Se alguém golpeasse uma pessoa com um instrumento letal que já se sabia que podia causar a morte o assassino deveria ser morto. (Números 35:16-18)
A lei expressa em Êxodo 21:20 dizia que um homem que tivesse um escravo poderia disciplinar seu escravo se achasse necessário. Essa disciplina, ainda que envolvesse bater no escravo não poderia feri-lo gravemente. (Veja Êxodo 21:26,27) Caso isso ocorresse o escravo deveria ser libertado.
Se o escravo fosse ferido a ponto de morrer enquanto estava sendo disciplinado ele deveria ser vingado e seu dono pagaria com a vida. (Êxodo 21:20). Isso indicava a intenção de matar.
Se o escravo não morresse no mesmo dia isso seria uma indicação de que os ferimentos que levaram à morte não foram intencionais. Neste caso, acreditava-se que o senhor do escravo não tinha tido a intenção de matá-lo, dava-se a ele o benefício da dúvida.
Essa intenção de matar era verificada mesmo se a pessoa que morresse fosse livre, e não escrava. Se o assassino tivesse intenção de matar ele deveria ser morto (Êxodo 21:12) Se ficasse provado que a morte tinha sido sem querer o assassino deveria fugir para uma cidade de refúgio e morar nela até a morte do sumo sacerdote. (Êxodo 21:13, Números 35:25) Isso não significava que Deus tinha aprovado o que o assassino tinha feito mas apenas, se fosse concluído, que essa não era a intenção dele, ele não deveria ser morto. Era uma misericórdia para com o assassino não intencional, não uma aprovação do que ele tinha feito.
Da mesma forma, Deus não aprovava que um israelita surrasse um escravo até a morte. Ele permitia que um israelita disciplinasse um escravo, mas já advertia que se o escravo morresse debaixo dessa disciplina o dono seria morto. Considerava-se que se o escravo morresse alguns dias depois o dono não tinha tido a intenção de matá-lo. Como a perda do escravo representava para o dono a perda de seu patrimônio, considerava-se que o preço do escravo era o resgate que o dono teria pago para permanecer vivo nesta situação. (Êxodo 21:21)
2) Não são irrelevantes todos os detalhes sobre a construção do tabernáculo em Êxodo 25-30,36-40 já que hoje se aplicam somente à adoração judaica no passado?
Não, ao contrário, o fato de se encontrarem na Bíblia mostram que não se aplicam apenas à adoração judaica no passado.
Antes, os detalhes sobre a construção do tabernáculo e depois do templo estão na Bíblia porque representam o Templo celestial de Deus, cujo Santíssimo é a morada de Deus nos céus espirituais e cujo Pátio é a Terra. O Santo também se localiza na Terra e representa o trabalho de todos os que afirmam representar a Deus na Terra. (Hebreus 9,10) Apocalipse 11:1,2 mostra que esse Santuário do Templo seria medido e que os que afirmam servir nele como sacerdotes de Deus, não importa o título que usem, seriam julgados quanto a se estariam ou não cuidando de forma satisfatória dos que servem a Deus no Pátio.
Detalhes serão dados na análise Verso a Verso dos capítulos de Êxodo envolvidos na construção do tabernáculo.
3) O texto de Êxodo 34:15,16 incentiva a prostituição?
Não. O trecho completo diz:
para que não faças pacto com os habitantes da terra, a fim de que quando se prostituírem após os seus deuses, e sacrificarem aos seus deuses, tu não sejas convidado por eles, e não comas do seu sacrifício;
e não tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, para que quando suas filhas se prostituírem após os seus deuses, não façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses. (Êxodo 34:15,16)
Claramente isso não é um incentivo à prostituição mas, antes, um alerta para que não fosse feito pactos matrimoniais com nações que cometiam prostituição espiritual com deuses falsos.
Na alegação de obscenidade foi suprimida parte do texto, o que faz com que o sentido dele seja alterado. (Segundo consulta ao site Bíblia do Cético em 12/11/2020)
Bíblia Verso a Verso por Pergunta
Esta seção apresenta a lista de perguntas respondidas nos capítulos de Gênesis 1 a 5. Você também pode acessá-las no Navegador de Perguntas.
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Atualizada em 17/12/2021