Os Sete Tempos dos Gentios (Daniel 4)
Trata-se do tempo concedido por Deus às nações para governarem sem a interferência do governo ou reino de Deus.
O rei Nabucodonosor, enquanto era governante do mundo teve um sonho. Ele viu uma enorme árvore crescer e encher toda a Terra. No cumprimento maior, essa árvore representava o governo de Deus sobre a Terra. (Daniel 4:17) Durante certo tempo esse governo foi representado pela linhagem real do Rei Davi. (1 Crônicas 29:23)
Nabucodonosor viu a árvore ser cortada e serem colocadas bandas de ferro nela. Essa parte da profecia se cumpriu quando o reino da linhagem davídica que se originava em Salomão deixou de existir como governo independente quando, em 607 a.C., o rei Neco destituiu o rei Joacaz do trono de Judá e o levou para o exílio no Egito. (2 Reis 24:31-35) Desde esse tempo não havia mais um reinado independente representando o governo de Deus. Cerca de 20 anos depois, na destruição de Jerusalém (586 a.C) a própria linhagem real de Salomão deixou de existir como havia sido predito. (Jeremias 22:24-30, 36:30; Ezequiel 19:1-14, 21:25-27)
No sonho, Nabucodonosor viu que se passariam sete tempos sobre a árvore e que, depois deles as bandas seriam tiradas e a árvore voltaria a crescer. Os sete tempos eram simbólicos. Cada tempo equivalia a um ano de 360 dias fazendo com que os sete tempos somassem 2520 dias. O sonho teve um cumprimento inicial em Nabucodonosor, que ficou 7 anos atacado de lúpus e afastado de seu governo.
O sonho tem também um cumprimento maior pois Jesus indicou, em Lucas 21:24, que os tempos dos gentios ainda não tinham acabado e que continuariam, sendo que Jerusalém seria pisada até o final deles.
No cumprimento simbólico do sonho cada dia valeria um ano, dando um total de 2520 anos. Se contarmos 2520 anos desde o décimo dia do quinto mês do calendário hebraico do ano de 607 a.C. chegaremos ao décimo dia do quinto mês do calendário hebraico do ano de 1914 d.C., justamente o dia em que a Alemanha entrou na Primeira Guerra Mundial.
Foi nesse dia, 01/08/1914 d.C. que os Sete Tempos terminaram e o governo de Deus começou a reger no céu debaixo de Jesus Cristo.
No entanto, Apocalipse 11:2,3 mostra que os Tempos dos Gentios mencionados por Jesus continuariam por mais 1260 dias simbólicos (42 meses simbólicos), antes do Reino de Deus passar a atuar diretamente no controle da Terra. O pisoteio de Jerusalém continuaria nesses 42 meses simbólicos mesmo depois que os Sete Tempos dos Gentios mencionados por Daniel já tivessem terminado.
O capítulo 11 de Apocalipse fala da medição do santuário e dos que servem ali. Nesse tempo, portanto, ocorre o julgamento dos que servem no Santuário, ou seja, dos que afirmam servir a Deus e estar encarregados de levar a outros a mensagem do evangelho. Esse julgamento começa depois de Jesus tomar posse de seu governo no céu e terminará após o fim dos simbólicos 42 meses..
Quando os Tempos dos Gentios terminarem Jesus retornará para levar os que foram julgados parte de sua "noiva" para o céu e para assumir o controle da Terra.
Revisado em 11/07/2024
Atualizada em 31/03/2022