Verso a Verso por Capítulo
Não é injustiça da parte de Deus trazer punição do erro dos pais sobre os filhos até a quarta geração? (Números 14:18)
Para se entender esse tipo de declaração é preciso analisar o contexto em que ela é inserida. No caso específico do capítulo 14 de Números, Moisés estava pedindo a Deus que perdoasse os israelitas pela sua falta de fé.
Nesse caso, em especial, os filhos dos israelitas foram afetados pela falta de fé de seus pais. Os guerreiros de Israel se amedrontaram e não quiseram entrar na terra prometida, duvidando que Deus poderia lhes dar a vitória. Em consequência disso passaram 40 anos perambulando pelo deserto. Por conta disso, ou em consequência disso, os filhos deles acabaram pagando pelo erro deles.
O costume, naquela época era atribuir tudo o que acontecia a Deus, uma vez que, se Deus não permite que algo aconteça isso não vai acontecer. Por isso o costume de dizer "Deus traz a punição do erros dos pais sobre seus filhos". Com o passar do tempo os israelitas passram a deduzir que essa frase significava que Deus puniria os filhos pelos erros dos pais.
A diferença , no entanto, entre Deus permitir que os filhos sofram as consequências dos erros dos pais e puni-los por eles é expressa em Ezequiel 18:1-24, quando se explica que a pessoa morre pelo próprio pecado dela e não pelo pecado de outros.
Profecias por Capítulo
Verso a Verso por Livro
1) Não é estranho se dizer que o censo do exército de Israel foi feito no primeiro dia, do segundo mês do segundo ano da saída do Egito (Números 1:1) quando a prata recebida desse censo foi usada para erigir o Tabernáculo no primeiro dia, do primeiro mês do segundo ano da saída do Egito? (Êxodo 38:26-38; 40:1,2)
Realmente, em uma primeira leitura pode parecer haver um paradoxo no registro do tempo destes eventos. No entanto, temos de nos lembrar que os israelitas tinham acabado de receber de Deus o calendário sagrado (Veja Êxodo 12:1,2) Mesmo nos dias de hoje os judeus costumam contar o início do ano a partir de seu ano civil (que começa no sétimo mês de seu calendário sagrado) e não no mês de nisã conforme Deus orientou.
Então, não é tão estranho assim que o registro do exército, uma atividade civil e não sagrada, tenha sido anotado usando o ano secular e não o recém instituído ano sagrado. Dessa forma quando se diz em Números 1:1 "no primeiro dia, do segundo mês do segundo ano" da saída do Egito quer se dizer de fato "no primeiro dia, do oitavo mês do primeiro ano" da saída do Egito.
Isso é comprovado ainda por Números 10:11 que mostra que no dia vinte do segundo mês do segundo ano da saída do Egito os israelitas partiram do monte Sinai. Seria impossível que em apenas 20 dias tivessem conseguido contar e registrar todo o exército e os levitas, organizado o acampamento (conforme mostram Números, capítulos 1 a 4), celebrado a segunda páscoa no dia catorze do segundo mês (Números 9:1-12) e deixado o Sinai.
Tudo isso mostra claramente que em Números 1:1 usou-se o ano civil e não o ano sagrado no registro da data em que censo começou.
2) Deus mandou ou não mandou contar os levitas? (Números 1:47-50)
Alguns afirmam que existe uma contradição entre Números 1:48, 49 e Números 3:14,15 que afirma que os levitas deveriam ser contados.
Contudo, se observarmos o contexto destes dois versos veremos que eles não dizem que não era para fazer o recenseamento dos levitas. Eles dizem apenas que os levitas "não foram contados entre eles". Entre eles quem?
Números 1:45,46 explica que os israelitas tinham acabado de registrar os que iriam fazer parte do exército de Israel.
Números 1:47-50 complementa isso, esclarecendo que os levitas não deveriam ser contados entre eles, ou seja, eles não seriam contados como parte do exército de Israel, mas seriam contados à parte para servirem no tabernáculo.
Verso a Verso por Pergunta
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Atualizada em 25/12/2021