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Êxodo 33

Verso a Verso por Capítulo

Será que Deus não cumpriu a promessa de entregar as 7 nações cananeias aos israelitas? (Êxodo 33:2)


Sim, Deus as entregou a eles, como mostram, por exemplo, os relatos de Josué 11:16, 21:44, 24:11-13.


Ocorre que os israelitas ficaram com medo da guerra e começaram a se desviar da orientação de tomar posse da terra e de exterminar as 7 nações cananeias.


Isso pode ser visto em Josué 18:1-3. A terra foi subjugada diante deles, mas eles preferiam ficar juntos do que expulsar os cananeus que tinham restado. (Juízes 2:1-5)


Receberem a terra e permanecerem nela estava condicionado a fazerem aquilo que tinham sido instruídos a fazer. Deuteronômio 12:1-3 explica, por exemplo, que eles tinham que destruir as imagens esculpidas dos deuses daquelas nações, e não imitar a adoração deles. Mas  a tribo de Dã deixou de cumprir essas orientações, mesmo antes da morte de Josué, como comentado a seguir. Deus não expulsou as 7 nações totalmente porque os israelitas não cumpriram os termos do pacto, invalidando o contrato feito com Deus, por assim dizer.


Por exemplo, ao receberem sua parte, os danitas não quiseram lutar contra  os amorreus que residiam na  parte da terra que coube a eles (Juízes 1:34). Eles preferiram procurar um lugar mais fácil de conquistar e foram até uma cidade ao norte, onde deveria ser a herança de Efraim, e tomaram uma cidade que acharam mais fácil. (Josué 9:40,47,48; Juízes 18:1-31)


O motivo de terem agido assim fica claramente exposto no capítulo 18 de Juízes. Eles não tinham fé que poderiam vencer os amorreus. Precisavam de ídolos para adorar, não acreditavam em Deus. Por isso não foram capazes de tomar posse de sua herança. Ao adorarem outros deuses os israelitas quebraram o pacto no qual Deus prometera expulsar as 7 nações cananeias diante deles.


O próprio anjo de Deus esclareceu isso em Juízes, capítulos 1 e 2. Enquanto os israelitas confiaram em Deus eles conseguiram expusar as 7 nações cananeias. Mas quando perderam a confiança, começaram a adorar outros deuses e a fazer pactos com as nações do país, eles perderam o favor de Deus. Foi por isso que eles não conseguiram expulsar todas as nações. 


Na verdade, foram os israelitas que violaram o pacto feito com Deus e, assim, tornaram nulos os termos dele, inclusive a conquista e a posse da terra de Canaã.



Profecias por Capítulo

Verso a Verso por Livro

1) Deus aprovava que um israelita surrasse um escravo até a morte, desde que ele não morresse imediatamente? (Êxodo 21:20,21)


Não. Deus não aprovava. Note que a pena para quem tirasse uma vida humana era a morte. (Êxodo 21:12). Se alguém golpeasse uma pessoa com um instrumento letal que já se sabia que podia causar a morte o assassino deveria ser morto. (Números 35:16-18)


A lei expressa em Êxodo 21:20 dizia que um homem que tivesse um escravo poderia disciplinar seu escravo se achasse necessário. Essa disciplina, ainda que envolvesse bater no escravo não poderia feri-lo gravemente. (Veja Êxodo 21:26,27) Caso isso ocorresse o escravo deveria ser libertado.


Se o escravo fosse ferido a ponto de morrer enquanto estava sendo disciplinado ele deveria ser vingado e seu dono pagaria com a vida. (Êxodo 21:20). Isso indicava a intenção de matar.


Se o escravo não morresse no mesmo dia isso seria uma indicação de que os ferimentos que levaram à morte não foram intencionais. Neste caso, acreditava-se que o senhor do escravo não tinha tido a intenção de matá-lo, dava-se a ele o benefício da dúvida.


Essa intenção de matar era verificada mesmo se a pessoa que morresse fosse livre, e não escrava. Se o assassino tivesse intenção de matar ele deveria ser morto (Êxodo 21:12) Se ficasse provado que a morte tinha sido sem querer o assassino deveria fugir para uma cidade de refúgio e morar nela até a morte do sumo sacerdote. (Êxodo 21:13, Números 35:25) Isso não significava que Deus tinha aprovado o que o assassino tinha feito mas apenas, se fosse concluído, que essa não era a intenção dele, ele não deveria ser morto. Era uma misericórdia para com o assassino não intencional, não uma aprovação do que ele tinha feito.


Da mesma forma, Deus não aprovava que um israelita surrasse um escravo até a morte. Ele permitia que um israelita disciplinasse um escravo, mas já advertia que se o escravo morresse debaixo dessa disciplina o dono seria morto. Considerava-se que se o escravo morresse alguns dias depois o dono não tinha tido a intenção de matá-lo. Como a perda do escravo representava para o dono a perda de seu patrimônio, considerava-se que o preço do escravo era o resgate que o dono teria pago para permanecer vivo nesta situação. (Êxodo 21:21)


2) Não são irrelevantes todos os detalhes sobre a construção do tabernáculo em Êxodo 25-30,36-40 já que hoje se aplicam somente à adoração judaica no passado?


Não, ao contrário, o fato de se encontrarem na Bíblia mostram que não se aplicam apenas à adoração judaica no passado. 


Antes, os detalhes sobre a construção do tabernáculo e depois do templo estão na Bíblia porque representam o Templo celestial de Deus, cujo Santíssimo é a morada de Deus nos céus espirituais e cujo Pátio é a Terra. O Santo também se localiza na Terra e representa o trabalho de todos os que afirmam representar a Deus na Terra. (Hebreus 9,10) Apocalipse 11:1,2 mostra que esse Santuário do Templo seria medido e que os que afirmam servir nele como sacerdotes de Deus, não importa o título que usem, seriam julgados quanto a se estariam ou não cuidando de forma satisfatória dos que servem a Deus no Pátio. 


Detalhes serão dados na análise Verso a Verso dos capítulos de Êxodo envolvidos na construção do tabernáculo.



3)  O texto de Êxodo 34:15,16 incentiva a prostituição?


Não. O trecho completo diz:


para que não faças pacto com os habitantes da terra, a fim de que quando se prostituírem após os seus deuses, e sacrificarem aos seus deuses, tu não sejas convidado por eles, e não comas do seu sacrifício;
e não tomes mulheres das suas filhas para os teus filhos, para que quando suas filhas se prostituírem após os seus deuses, não façam que também teus filhos se prostituam após os seus deuses. (Êxodo 34:15,16)


Claramente isso não é um incentivo à prostituição mas, antes, um alerta para que não fosse feito pactos matrimoniais com nações que cometiam prostituição espiritual com deuses falsos. 


Na alegação de obscenidade foi suprimida parte do texto, o que faz com que o sentido dele seja alterado. (Segundo consulta ao site Bíblia do Cético em 12/11/2020)

Verso a Verso por Pergunta

Esta seção apresenta a lista de perguntas respondidas nos capítulos de Gênesis 1 a 5. Você também pode acessá-las no Navegador de Perguntas.

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Atualizada em 25/12/2021

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